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Cifra Econômica | População nem-nem: uma perda bilionária para a economia brasileira

Por: Daniel Ribeiro
17/01/2024 09:06 - Atualizado em 17/01/2024 09:08
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No cenário econômico atual do Brasil, um fenômeno preocupante vem ganhando destaque: o crescimento da população “nem-nem”, jovens entre 18 a 24 anos que não estudam nem trabalham. Segundo estudos recentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), este grupo poderia ter injetado R$ 46,3 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2022, caso estivessem ativamente inseridos na economia.

O termo “nem-nem” descreve a parcela da população em idade produtiva (15 a 29 anos) que se encontra em situação de inatividade. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que este grupo representou 10,9 milhões de pessoas em 2022, correspondendo a um em cada cinco jovens nesta faixa etária.

A análise da CNC revela que 4,7 milhões desses jovens não buscaram emprego e não demonstraram interesse em trabalhar. Notavelmente, uma proporção significativa de mulheres dentro deste grupo se dedicou a cuidados familiares ou tarefas domésticas.

A pesquisa trabalhou com uma amostra conservadora de 7,6 milhões, considerando as limitações dos dados oficiais. Se esta parcela estivesse empregada, o PIB brasileiro poderia ter alcançado R$ 10,146 trilhões, representando um acréscimo de 0,46 ponto percentual.

Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, enfatiza o impacto desses jovens na economia. Ele ressalta que, com muitos anos de potencial produtivo pela frente, eles são cruciais para o crescimento econômico, trazendo inovação e modernização. A ausência deles no mercado de trabalho representa não só uma perda imediata de renda e consumo, mas também um prejuízo a longo prazo para o crescimento ajustado do país.

A CNC estima que cada R$ 1 de aumento na renda média gera um impacto médio de R$ 1,6 milhão no PIB. Esse efeito varia regionalmente, sendo mais pronunciado no Sudeste e menos no Norte. Tavares alerta para a necessidade de mudanças estruturais, como capacitação e oportunidades, para superar as desigualdades regionais.

A nova cultura de trabalho entre as gerações mais jovens também influencia essa dinâmica. Dados do Grupo QuintoAndar indicam que dois em cada cinco trabalhadores procurariam outro emprego se fossem obrigados a um formato presencial exclusivo.


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